segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O cão de Sócrates

Quando muitos pensam que já tudo foi inventado, eis que surge uma ideia soberba… Somos levados a comprar um livro, que esgotou logo na primeira semana, que foi colocado à venda, ao público….

Tudo porque, um cachorro que saiu do canil para viver, uma vida de glória, procura novo dono e faz neste livro «um relato detalhado, inédito e original sobre os bastidores da mais alta política portuguesa»… Não fosse ele o primeiro-cão… Pois, o cão do primeiro-ministro.

A obra de António Ribeiro, pseudónimo do autor, dedicada à sátira política retrata a vida do animal de estimação do primeiro-ministro e promete desvendar alguns dos seus segredos.

Como bom canino que é o animal tinha o hábito de roer tudo aquilo a que conseguia deitar o dente até «três ou quatro orçamentos de Estado, que «são sempre os mais difíceis de roer» e um «miserável papel», «uma coisa aparentemente rasca, sem valor. Mas, afinal era valiosíssima», o certificado de habilitações do seu dono.

Viveu uma vida de luxo em São Bento até ao dia que desapareceram nos seus dentes as letras que definiam as cadeiras da Universidade Independente…

Agora, triste e depressivo… O primeiro-cão procura uma nova casa…

E porque é este um cão especial?

Primeiro, aprendeu a ser um cão oficial, a mudar de canal de televisão vezes sem conta, sempre que a senhora dos olhos esbugalhados e da boca grande aparecia a dizer as notícias, à sexta-feira à noite…. E porque «ataca, morde e desfaz sempre que é preciso.

E porque é este um livro obrigatório?

Porque percebemos a ilusão de cão, percebemos quem são os animais ferozes da política, descobrimos quem é o anão fujão, e porque é que se diz que professores há muitos…. Não esquecendo que é preciso descobrir porque é que o primeiro-ministro chegou 20 minutos atrasado ao encontro com Cavaco Silva, Sr. Presidente da República. Que terá o primeiro-cão a ver com isto?

Quem serão os fantasmas colocados no sótão e porque o cão de Sócrates vai lá parar…

E descubra o é que Berlusconi, ao descobri o estado depressivo do cão de Sócrates, lhe queria oferecer… O pensamento do leitor, não deve andar muito longe...

Como escreveu um jornal italiano, na passada semana, o «subversivo cão abriu a torneira das revelações».
O livro que não dá vontade de roer… só moer no pensamento.

@ MCAC 2011

sábado, 5 de junho de 2010

PARABÉNS PADRINHO

UM DOS AMORES DA MINHA VIDA

BEIJO

ANDREIA CARNEIRO

E os ciclistas passam...


As brincadeiras eram subir às àrvores, apanhar frutos da época, corridas e entrar nos caminhos alheios. Coisas normais para miúdos um tanto crescidos de altura, mas curtos de idade. As àrvores estavam tão apetitosas que a vontade de as descer não era muito grande... Mandara-se abaixo, a meia dúzia de putos que se lembraram de brincar em troncos altos. De repente, salta o Cesário, grande campeão e benfiquista, ainda sem bigode na altura, e sem a filha adorada, eu ( ainda devia estar a ver os outros planetas... O branco, amigo do coração, sempre... Mais uns quantos, O Zé o mano mais velho... e o João, O GRANDE. Grande miúdo, mas quando desceu da àrvore, foi grande o problema que arranjou... cortou-se no bico numa garrafa que estava lá prontinha para o perfurar. Os berros aouviam-se na Régua toda, mas ele era forte. Foram ter com a avó Maria, que cheia de ideias brilhantes como sempre, enviou o filho não de ambulância, nos anos 70 não havia essas modernices, não de cavalo, não tinha, nem de burro. Mas, foi numa cadeira de rodas de 30 cavalos... Empurrado por uns, depois por outros, chegou ao hospital e o curativo foi executado por uma enfermeira (boa como o milho)... acho eu...
De repente, ouviam-se as sirenes, a adrenalina começou a subir pelos miúdos, quando se lembravam que era dia de CICLISMO na cidade. Só acontece uma vez por ano. Cesário ficou logo com vontade de ir ver os profissionais nas suas bicicletas e arranjar aquelas bandeirinhas, bonés, canetas... Mas, como poderiam ir com o João sentado numa cadeira de rodas que era o táxi do momento... Jogaram a moeda ao ar... EEEEEE quem teria que levar o João acasa era o..... BRANCO: Ficou branco de ter de fazer Kilómetros e não poder ir ver os ciclistas.
João Não sabia se deveria desperar pela dor no pé, ou de não ver a volta a Portugal a passar pela cidade....
Assim, foram todos apanhar as bandeiras, os bonés, canetas e até trouxeram para paratilhar com quem não tinha ido...
Uma aventura, na vida deste bando...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ponto de encontro

O café era sossegado, isto para quem via de fora… nos arredores de Paris iluminado. Diz quem sabe que por lá passeiam figuras ilustres. E que consegue ter mais iluminados por metro quadrado, do que a própria Tour Eiffel, em hora de ponta.
As escadas de pedra deixam adivinhar o rústico do espaço. As paredes pintadas de um vermelho escuro tornam o caminho aconchegante, misterioso com sucesso de paixão. Tirei os sapatos para que ninguém saia dos sues majestosos pensamentos.
Ao chegar ao cimo da vigésima segunda escada, vê-se um senhor de chapéu na primeira mesa, que se encontra, a última para quem está sentado. Ele desvia-se um pouco para o seu lado direito chupando o cigarro com a intensidade de quem diz o abecedário, vezes sem conta. Um bigode pequeno faz uma sombra conhecida. A sobrancelha não é muito farta, mas encontra-se bem delineada…. É o Pessoa, o português. Quem diria que ia encontrá-lo por aqui. Diziam que estava muito doente com uma cirrose hepática, afinal está ali muito sentando a beber um vinho fino, feito lá para as terras do Douro. Deve aguardar alguém com alguma impaciência. O fumo do cigarro não pára de sair da sua boca, que nem versos para o papel. Sejam dele ou de qualquer um dos outros, que ele contém dentro de si.
Ainda, não consegui instalar-me devido a tanto dióxido de carbono estrelado que por aqui se estende.
Olha quem ali está? Quem diria… o charme e o encanto. Pelos vistos, também gosta destas andanças. E bem que a música o deixava adivinhar. Carlos Gardel delicia-se com o som de um dos seus tangos argentinos tocados por uns músicos que se encontram encostados ao fundo da sala, para quem vê do meu prisma. O instrumental pertence à música “mi Buenos Aires querido”… Quem diria que o senhor do tango estaria sentado numa mesa, acompanhado por uma ruiva que daqui não dá para perceber quem é. Nota-se o seu ar requintado de mulher estudada e preparada para a vida… Muito bem Gardel.
Do lado direito está um balcão preto, com tanto lustro, que era preciso provavelmente contratar todos os engraxadores de Paris para obter aquele brilho.
Por trás, deles, estão dois homens bem vestidos a servirem os clientes com a categoria de uma cidade inundada de requinte.
Agora, um copo de água foi servido a uma mulher sentada pelas pelo lado esquerdo da sala, numa espécie de sofá. Está acompanhada por mais duas pessoas… reparando bem, consigo decifrar mesmo ao longe que é a Mexicana Fridha Kahlo, o marido Diego e Rivera e aquela mulher que está ao lado… Deixa-me pensar é… É Angelina Beloff a primeira mulher dele. Juntar as duas na mesma mesa é obra. Diego sempre mulherengo e com obras de admirar. Pelos vistos continua em força, e não apenas na pintura.
Esbocei um sorriso, mas sem grandes movimentos.
Sai da cortina vermelha por detrás dos músicos, um aglomerado de raparigas… isto deve fazer parte de algum espectáculo improvisado. São as raparigas de Avignon, aquelas do quadro do Picasso. Meu Deus, que chuva de emoções. Mas, será que ele está por aqui? Talvez, não… Málaga tem mais encanto para si. Não fosse a sua terra natal.
Mudou a música. Enquanto olhei para toda esta gente nem reparei que agora se ouvem sons de grande intensidade, num violino que chora de saudade de Beethoven.
Olhem só para quem está abanar a cabeça, vinda da Argentina… Que elegância, que porte, que admiração. Eva Perón . Que mulherão.
Mesmo assim, sei que quando passar por esta sala, todos se vão perder de amores por mim. Não fosse eu Norma Jean, ou melhor Marilyn Monroe.
Calça as suas sandálias brilhantes.
Fica uma réstia de estrelas cadentes no céu, daquele ponto de encontro, em Paris, onde o sol se concentra num vestido branco sedutor.
Andreia Carneiro

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A minha amorosa FAMÍLIA



esquerda para a direita:
Márcio, pai, mãe e padrnho (o grande)
em baixo: Tio carlos, Sara e Andreia :)

A minha maravilhosa família!

domingo, 7 de fevereiro de 2010