sábado, 5 de junho de 2010

PARABÉNS PADRINHO

UM DOS AMORES DA MINHA VIDA

BEIJO

ANDREIA CARNEIRO

E os ciclistas passam...


As brincadeiras eram subir às àrvores, apanhar frutos da época, corridas e entrar nos caminhos alheios. Coisas normais para miúdos um tanto crescidos de altura, mas curtos de idade. As àrvores estavam tão apetitosas que a vontade de as descer não era muito grande... Mandara-se abaixo, a meia dúzia de putos que se lembraram de brincar em troncos altos. De repente, salta o Cesário, grande campeão e benfiquista, ainda sem bigode na altura, e sem a filha adorada, eu ( ainda devia estar a ver os outros planetas... O branco, amigo do coração, sempre... Mais uns quantos, O Zé o mano mais velho... e o João, O GRANDE. Grande miúdo, mas quando desceu da àrvore, foi grande o problema que arranjou... cortou-se no bico numa garrafa que estava lá prontinha para o perfurar. Os berros aouviam-se na Régua toda, mas ele era forte. Foram ter com a avó Maria, que cheia de ideias brilhantes como sempre, enviou o filho não de ambulância, nos anos 70 não havia essas modernices, não de cavalo, não tinha, nem de burro. Mas, foi numa cadeira de rodas de 30 cavalos... Empurrado por uns, depois por outros, chegou ao hospital e o curativo foi executado por uma enfermeira (boa como o milho)... acho eu...
De repente, ouviam-se as sirenes, a adrenalina começou a subir pelos miúdos, quando se lembravam que era dia de CICLISMO na cidade. Só acontece uma vez por ano. Cesário ficou logo com vontade de ir ver os profissionais nas suas bicicletas e arranjar aquelas bandeirinhas, bonés, canetas... Mas, como poderiam ir com o João sentado numa cadeira de rodas que era o táxi do momento... Jogaram a moeda ao ar... EEEEEE quem teria que levar o João acasa era o..... BRANCO: Ficou branco de ter de fazer Kilómetros e não poder ir ver os ciclistas.
João Não sabia se deveria desperar pela dor no pé, ou de não ver a volta a Portugal a passar pela cidade....
Assim, foram todos apanhar as bandeiras, os bonés, canetas e até trouxeram para paratilhar com quem não tinha ido...
Uma aventura, na vida deste bando...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ponto de encontro

O café era sossegado, isto para quem via de fora… nos arredores de Paris iluminado. Diz quem sabe que por lá passeiam figuras ilustres. E que consegue ter mais iluminados por metro quadrado, do que a própria Tour Eiffel, em hora de ponta.
As escadas de pedra deixam adivinhar o rústico do espaço. As paredes pintadas de um vermelho escuro tornam o caminho aconchegante, misterioso com sucesso de paixão. Tirei os sapatos para que ninguém saia dos sues majestosos pensamentos.
Ao chegar ao cimo da vigésima segunda escada, vê-se um senhor de chapéu na primeira mesa, que se encontra, a última para quem está sentado. Ele desvia-se um pouco para o seu lado direito chupando o cigarro com a intensidade de quem diz o abecedário, vezes sem conta. Um bigode pequeno faz uma sombra conhecida. A sobrancelha não é muito farta, mas encontra-se bem delineada…. É o Pessoa, o português. Quem diria que ia encontrá-lo por aqui. Diziam que estava muito doente com uma cirrose hepática, afinal está ali muito sentando a beber um vinho fino, feito lá para as terras do Douro. Deve aguardar alguém com alguma impaciência. O fumo do cigarro não pára de sair da sua boca, que nem versos para o papel. Sejam dele ou de qualquer um dos outros, que ele contém dentro de si.
Ainda, não consegui instalar-me devido a tanto dióxido de carbono estrelado que por aqui se estende.
Olha quem ali está? Quem diria… o charme e o encanto. Pelos vistos, também gosta destas andanças. E bem que a música o deixava adivinhar. Carlos Gardel delicia-se com o som de um dos seus tangos argentinos tocados por uns músicos que se encontram encostados ao fundo da sala, para quem vê do meu prisma. O instrumental pertence à música “mi Buenos Aires querido”… Quem diria que o senhor do tango estaria sentado numa mesa, acompanhado por uma ruiva que daqui não dá para perceber quem é. Nota-se o seu ar requintado de mulher estudada e preparada para a vida… Muito bem Gardel.
Do lado direito está um balcão preto, com tanto lustro, que era preciso provavelmente contratar todos os engraxadores de Paris para obter aquele brilho.
Por trás, deles, estão dois homens bem vestidos a servirem os clientes com a categoria de uma cidade inundada de requinte.
Agora, um copo de água foi servido a uma mulher sentada pelas pelo lado esquerdo da sala, numa espécie de sofá. Está acompanhada por mais duas pessoas… reparando bem, consigo decifrar mesmo ao longe que é a Mexicana Fridha Kahlo, o marido Diego e Rivera e aquela mulher que está ao lado… Deixa-me pensar é… É Angelina Beloff a primeira mulher dele. Juntar as duas na mesma mesa é obra. Diego sempre mulherengo e com obras de admirar. Pelos vistos continua em força, e não apenas na pintura.
Esbocei um sorriso, mas sem grandes movimentos.
Sai da cortina vermelha por detrás dos músicos, um aglomerado de raparigas… isto deve fazer parte de algum espectáculo improvisado. São as raparigas de Avignon, aquelas do quadro do Picasso. Meu Deus, que chuva de emoções. Mas, será que ele está por aqui? Talvez, não… Málaga tem mais encanto para si. Não fosse a sua terra natal.
Mudou a música. Enquanto olhei para toda esta gente nem reparei que agora se ouvem sons de grande intensidade, num violino que chora de saudade de Beethoven.
Olhem só para quem está abanar a cabeça, vinda da Argentina… Que elegância, que porte, que admiração. Eva Perón . Que mulherão.
Mesmo assim, sei que quando passar por esta sala, todos se vão perder de amores por mim. Não fosse eu Norma Jean, ou melhor Marilyn Monroe.
Calça as suas sandálias brilhantes.
Fica uma réstia de estrelas cadentes no céu, daquele ponto de encontro, em Paris, onde o sol se concentra num vestido branco sedutor.
Andreia Carneiro

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A minha amorosa FAMÍLIA



esquerda para a direita:
Márcio, pai, mãe e padrnho (o grande)
em baixo: Tio carlos, Sara e Andreia :)

A minha maravilhosa família!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Quem sou eu?




Sou licenciada em Ciências da Comunicação apaixonei-me pela rádio, ainda, muito jovem. Passei por rádio locais como Rádio Clube de Armamar, Rádio Santa Marta, Rádio Voz do Douro, onde a locução começou a ganhar vida; Posteriormente, o contacto profissional que tive com a RDP Antena 1, aumentou-me ainda mais a paixão pelo jornalismo. Fernando eurico Director da RDP - desporto Norte, Teófilo Fernando e Carlos Júlio Lopes foram os grandes responsáveis por conseguir durante o estágio na Antena 1 colocar cá fora, toda o meu interesse e vocação.
José Cruz foi o jornalista de referência que me ensinava a par e passo onde colocar os pés... Programas de grande entrevista foram as minhas maiores experiências televisivas onde cada um dos meus convidados se colocavam num desafio onde teria que haver "PALAVRA DE HONRA" num cenário intimista. Aurora Cunha correu ao meu programa televisivo e consegui colocá-la a dançar uma valsa:); Narciso Miranda; Beto (guarda-redes FC Porto); Paulo Praça (Amália Hoje); Perfume; o GRANDE JOSÉ RAPOSO; Filpe La Féria; Guilherme Pinto; Isabel Maia tive canto lírico só para mim; Richard Zimler virou o jogo e quis ser meu entrevistador; Mário Dorminsky ( um entrevistado de excelência 45 minutos com uma análise da sua vida só com títulos e personagens de filmes; E aquela que acho a melhor da minha vida António Feio e Zé Pedro Gomes
numa conversa da Treta a três. GENIAL; Nos programas de análise feitos diariamente na RNTV tive convidados com Prof. Pinto da Costa( um marco para mim); Manuel Monteiro; Paulo Morais; Narciso Miranda; Antero Braga; Rui Sá; entre outros... Passei na mesma estação por programas culturais rubricas literárias pois sou uma defensora da literatura Portuguesa. Guardo uma especial recordação da minha primeira entrevista que foi com o presidente da câmara do Porto Rui Rio. A escrita foi sempre uma das minhas maiores paixões por isso aparece, agora, o meu primeiro livro "Aroma de poema".


Programas de televisão:
Janela de Portugal; 2009; Programa de entretenimento em DIRECTO;Diário; RNTV;
Palavra de Honra; 2009; Programa de entrevista; Semanal; RNTV;
CONVIDADOS:
António Feio e Zé Pedro Gomes;
Mário Dorminsky;
Aurora Cunha;
João Paulo, Portugal GAy;
José Raposo;
Beto - Guarda Redes;
Isabel Maia;
Filipe La Féria;
Richard Zimler
Paulo Praça
Narciso MIranda;
Paulo Rodigues;
entre outros...

Informação;2008/2009; Noticiários; Aletnado; RTV; RNTV
Mar de Letras; 2008/2009; Rúbrica literária; RTV; RNTV;
Análise do dia; Programa de entrevista a Comentadores 2008/2009; Diário; RTV; RNTV;
Grande Reportagem; "Tão leve como uma pena"; Operação Nariz vermelho; "Espaço para todos" entre muitas outras;
Produção de Programas Infantis; O Cantinho da Claúdia;
Realização de programas como Saúde Pública; RTV

Programas de Rádio:
Duplex; Rádio Voz DOURO;
TOP RVD; NACIONAL e LOCAL
Programa de Cultura geral; RSM
Discos pedidos; QUE SAUDADE... RVD; RSM; RCA;
Informação; RVD; RSM; RCA;
Entrevistas em todas as áreas: RVD; RSM; RCA

ESPECTÁCULOS;
Apresentação de espectáculo com artistas Disco Douro Natal 2009; em Barcelos;
Entrega disco de OURO a Zé AMaro;
Apresentação de espectáculo organizad por mim e Márcio Costa de LUTA CONTRA A FOME;
Apresentação de espectáculos de Moda e pela HM Produções desde 2007;
Apresentação de espectáculos musicais com actores de Morangos com Açucar;
Apresentação de Festas e Romarias pelo Norte de Potugal;
Apresentação de espectáculos de SOLIADARIEDADE;



Interesses:

A escrita foi sempre uma das minhas maiores paixões por isso aparece agora o meu primeiro livro Aroma de poema que conta com Antero Braga como autor do prefácio e proprietário da livraria mais bela de Portugal Livraria LELLO.

FOTOGRAFIA uma paixão;
Música Uma doença:)
Dança: Vício
Conversar: Dádiva;

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Diz que me queres...


Diz que me queres
Desejo de perder o Norte,
salta o muro da verdade
lotaria da sorte...
dá-me de ti, não só pela metade...
Olho o relógio do tempo,
os ponteiros teimam em não parar
grito para o Mundo
Que me diz que lá no fundo
o teu corpo também me quer... amar..
diz que me queres
sei que não te dás
esconde-te se preferes
ser um duque, invés de um As...
joga-te na minha mesa
viaja até Plutão
bebe-me com a certeza,
que és o meu acaso de imensidão...

(continua)

Andreia Carneiro

Nota a nota Beethoven


Ditongo a ditongo
Nota a nota,
Ele, um sonho longo
Força nos dedos
Intensidade pura…
Ouvidos destemidos
Da Realidade, por mais dura.

Segundo a segundo,
Mostra os milímetros da alma
Reflecte o olhar lá no fundo
Numa paisagem que em si se acalma,
Através de uma janela do Mundo
Que envelhece a cada passar do tempo…
Que beleza, mas que tristeza… Grito!
Deixo-me levar por um trago de vinho
E sinto que volto à linhagem
Sem sono, só sonho e coragem.

(continua)

Andreia Carneiro

E se o EÇA...?


Se o Eça…?
E se o Eça resolvesse voltar
E nos contasse tudo de novo
Dizendo que afinal, não foi inspiração…
Que os Mais não foram uma história
Mas, sim uma verdade de emoção.
De dois irmãos sem glória.
E se ainda nos dissesse
Que o primo Basílio tinha mais segredos
Que não foram desvendados por causa dos medos.
Pois, conhecia o padre amaro
Jovem, bonito e aprumado
Tratava o primo por coitado
Como se estivesse preso numa tela
Como ele estava por aquela donzela…
A mulher que desgraçou o seu caminho de Deus…

Andreia Carneiro

O portão VERDE

Vi a promessa e fugi!
Não é que tivesse medo,
Mas queria encontrar-me ali,
Embora ainda fosse cedo,
Com a pedra da calçada.
Dizem que perguntou por mim...
Que andava desesperada...
Que queria saber como estou.
Lá ando neste jardim,
Por vezes, venho, outras vezes vou...
Hoje trouxe companhia,
Um quadro de uma porta
é tão colorida com sapatos da horta.
Já está com ferrugem,
Mais, ainda, vê-se que é verde,
Tens esperança que ainda se abra
Apesar da velhice que teve...
Abracadabra, abre-te já...
Abre-te, Sésamo...
ups, já está.......

(continua)

Andreia Carneiro

Frida Kahlo



Mulher Frida
Força atroz
A minha guerreira
Força de nós.
Dura realidade
De uma doença cruel,
Fria lealdade
De um amor de fel.
Panzón grande
Que a traía e atraía nas voltas
Da volta da vida de sangue.
Que pequena grande Frida…
Que doía a cada passo,
Por amor viveu
Por amou lutou
Com um corpo de aço;
Pediu e não teve
Um herdeiro ao lado,
Mas de sobrancelhas pregadas dizia:
Panzón enamorado,

(continua)


Andreia Carneiro